Com mais de meio século de existência dos dramas e dilemas amorosos exagerados, as novelas mexicanas atingiram altos índices de audiência no Brasil. Mesmo com características diferentes das produções brasileiras, as mexicanas continuam na grade das emissoras brasileiras. Ainda em preto e branco, Senda Prohibida, de 1958, foi a primeira trama produzida no México. Desde então o sucesso foi crescente e a fórmula de amores proibidos, intrigas, traições e infindáveis dramas caiu no gosto do público internacional.
Os Ricos também Choram foi a primeira telenovela mexicana exibida no Brasil. O ano era 1982. O sucesso com o melodrama latino foi inevitável: 16 pontos de média de audiência. Os anos seguintes trouxeram grandes êxitos para a emissora de Silvio Santos. Clássicos como Chispita, Carrossel e Quinze Anos foram exibidas.
Não podemos falar de novelas mexicanas sem citar a trilogia de Marias feita por Thalia. Marimar, Maria Mercedes e Maria do Bairro tornaram-se referência no Brasil e fenômeno de audiência. Marimar foi exibida três vezes, Maria Mercedes duas, e Maria do Bairro quatro. Esta última com exibição até 2008. Desde sua primeira exibição em 1997, a produção arracnou sempre pontos das concorrentes. A primeira transmissão emplacou 17 pontos de audiência, um sucesso considerando que as novelas globais são tradição no país.
A 2ª versão de Rubi, exibida pela primeira vez no Brasil em 2004, adaptou a primeira versão da trama de 1968, trazendo como protagonista a atriz uruguaia Bárbara Mori. A história gira em torno da história de Rubi, moça pobre e invejosa que usa todos os artifícios para subir na vida, inclusive trair a confiança de sua melhor amiga. O mérito de uma estrangeira no papel principal, aliás, não é somente da atriz de Rubi.
Em 1998, a atriz venezuelana ganhou fama internacional com o papel principal em A Usurpadora, Gabriela Spanic. Ela interpretava duas personagens, a vilã Paola Bracho e a mocinha Paulina Martins, irmãs marcadas por características diferentes, e pela história que as une em meio à trama.
Rebelde, exibida em 2005 estreou no horário das 18 horas no Brasil. Devido ao sucesso, Senhor Abravanel colocou-a para concorrer frente ao horário do Jornal Nacional. O que aconteceu? Sucesso. É claro que arrancar pontos do noticiário mais tradicional do país não foi uma missão fácil. Mas a audiência foi generosa para a produção.
Após um tempo sem exibição no Brasil, as produções mexicanas voltaram à TV aberta. A CNT passou a exibir as tramas e, ao que tudo indica, elas foram um trunfo para melhorar a audiência do canal, que não ia lá essas coisas. Após exibição de Marimar, Amanhã é Para Sempre e outras, os fãs das tramas podem conferir atualmente Paixão e Acorrentada. O SBT retomou, em 2010, a exibição das novelas mexicanas. As Tontas não vão ao Céu é a nova aposta do canal de Silvio. Espero que a parceria prossiga.
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