Alucinada com o Eletrotango...

Antes de ir a Buenos Aires tinha ouvido falar vagamente sobre Eletrotango. O nome já diz por si só as características do estilo. 

Pude conhecer um pouco mais sobre ele, já que onde estávamos hospedados, um dos recepcionistas era louco por esse tipo de som. Eu já curtia o tango tradicional, mas o eletro me deixa com mais vontade de bailar. Fico viajando no som, rs.

No Brasil, na época da novela “A Favorita”, o eletrotango tocava todos os dias durante a abertura. O grupo “Bajofondo”, segundo me contou o recepcionista do hotel, é o mais querido dos grupos de eletrotango. Não sei se é o mais querido, mas que é muito bom, é.



Bajofondo - Pa'Bailar



Bajofondo - Perfume

Em vários locais que passei, o som mais ouvido era do grupo “Otros Aires”.  Eles mesclam os sons contemporâneos aos do início do século XX.
Eu estou um pouco viciada em ouvir e compartilho com vocês:

Otros Aires - Sin Rumbo

Otros Aires - Allerdings


Cervejas de nossos vizinhos

Não sou uma entendedora de cervejas, mas uma apreciadora, apenas.

O gosto de cada pessoa é diferente e darei aqui a minha humilde opinião sobre as cervejas que provei em alguns lugares que visitei. Resolvi criar um ranking de acordo com o que eu achei de cada uma delas e uma visão pessoal. Vamos lá:

15º Lugar - Quilmes Stout (Argentina)
Não sou muito fã de cerveja preta, talvez por isso ela não esteja dentre as minhas preferidas. É bem doce e com sabor que lembra caramelo.
Teor alcoólico: 4,8% ABV.




14º Lugar - Pilsen âmbar (Uruguai)
Pelo menos motivo da Quilmes Stout não me agradou tanto. O adocicado me deixa enjoada. Mas para quem gosta pode ser uma boa opção. O sabor é um pouco mais fraco que a Malzebier.
Teor alcoólico: 5,2% ABV.


13º Lugar - Quilmes Bock (Argentina)
Ah, achei meio com gosto de xarope, rsrs. Não curti muito.
Teor alcóolico: 6,3% ABV.



12º Lugar -  Pilsen (Uruguai)
Ela é uma cerveja bem fraca no sabor. Achei meio "aguada".
Teor alcoólico: 5,1% ABV.



11º Lugar - Palermo (Argentina)
É boa, mas não surpreende. Não é aquela coisa que se diga: "minha nossa que espetacular".
Teor alcóolico: 4,9% ABV



10º Lugar - Patagônia Weisse (Argentina)
Apesar do preço salgadinho (cerca de 12 reais), não tem nada demais. Não sei se criei muita expectativa por conta do valor, pensando estar levando algo fabuloso. É boa, mas se eu tivesse que escolher, não compraria de novo.
Teor alcóolico: 5% ABV.


9º Lugar - Paceña (Bolívia)
Achei semelhante à Skol, só que mais "aguada". Não é muito encorpada, mas é gostosa. Não se sente sensação de "peso" na barriga. É mediana.
Teor alcoólico: 3,9% ABV.


8º Lugar - Isenbeck (Argentina)
Não dá muita espuma, mas eu prefiro assim mesmo. Sabor agradável, mas não excelente. Média.
Teor alcoólico: 4,6% ABV.

7º Lugar - Quilmes Bajo Cero (Argentina)
É suave e refrescante. Nada fantástico. É semelhante à Quilmes Cristal, só que mais aguada. Mas não a dispensaria em dias quentes. 
Teor alcoólico: 4,9% ABV.



6º Lugar - Quilmes Cristal (Argentina)
É a mais popular da Argentina. Ela é razoável. Parece com as cervejas pilsens que temos no Brasil. É leve
Teor alcóolico: 4,9% ABV.



5º Lugar - Patrícia (Uruguai)
Gostei. Ao mesmo tempo em que tem o sabor marcante, é leve, característica que as mulheres adoram. Afinal nada como beber e não ficar com a barriga estufada na calça, né meninas?
Teor alcóolico: 5% ABV.


4º Lugar -Iguana (Argentina)
Ela tem o sabor bem leve, mas aprovei. Também não faz muita espuma, característica que eu gosto. Não tem o sabor muito acentuado, mas eu gostei.
Teor alcoólico: 5,2% ABV.


3º Lugar - Zillertal (Uruguai)
Gostei bastante, ela é leve, mas com sabor amargo bem marcante. Aprovei.
Teor alcóolico: 5,5% ABV.


2º Lugar - Quilmes Red Lager (Argentina)
Aprovada. É cremosa e saborosa. Possui cor avermelhada e sabor delicioso. Ela é levemente adocicada, o que não a torna enjoativa. Nota-se na degustação também um leve sabor amargo.
Teor alcóolico: 4,7% ABV.


1º Lugar - Bock (Bolívia)
Para mim essa foi a mais deliciosa que provei até hoje. Estou até salivando de lembrar. Tem o que busco em uma cerveja: sabor marcante, sem me deixar com sensação de estufamento. Apesar de ser Bock, ela não tem coloração avermelhada e sim amarelada. Perfeita. O sabor é incrível!
Teor alcóolico: 7% ABV.






Tim Tim!!





Dicas gerais sobre a Bolívia


Para fechar minha série de posts sobre a Bolívia, tenho algumas dicas e impressões que talvez sirvam a quem se interessar em ir para lá:


- Com relação às temperaturas (março): Santa Cruz é um forno de dia é bem frio à noite. La Paz é frio a qualquer hora, mesmo com o sol, a sensação térmica é de friaca. Leve um protetor solar, pois não sentimos a ação dos raios solares... até que olhamos no espelho e vemos o rosto sapecado.


- Na Bolívia é muito fácil ser rico. Como tudo é muito barato, dá para fazer a festa, com pequenas regalias. Andar de táxi para cima e para baixo é uma delas, é muuuiitooo barato. Comer também. Tudo vem com acompanhamento de arroz e batatas em generosa proporção. É possível fazer um excelente e bem servido almoço desembolsando a bagatela de 10 reais.


Parrilla para dos:

Pollo, carne e papas fritas:


A nota de 10 bolivianos. O que equivale a R$ 2,30 aproximadamente:



- Quem gosta de comprar CDs (principalmente antigos) ri à toa. Sou fã de música mexicana e muitos artistas de lá fazem sucesso na Bolívia. O bacana é que deu para encontrar alguns raros para a gente que é brasileiro. Alguns que nunca foram vendidos por aqui ou que são caríssimos pela internet. Os preços dos que comprei variavam de 10 a 35 reais. Me esbaldei!


- Fomos em época de carnaval, festividade sagrada para eles. Por isso, muitos estabelecimentos estavam fechados, inclusive serviços básicos. Precisei de farmácia e foi uma luta para encontrar. Banheiros públicos também fecham.


- Sempre falam para tomarmos cuidado com os taxistas, pois eles podem nos assaltar. Como lá os táxis não têm padrão, é até difícil saber quais são os verdadeiros. Apesar disso não tivemos problemas. Ah, um detalhe: SEMPRE combine o valor da corrida antes.


- O transporte público é feito por ônibus e vans bem velhos. Mas não é difícil se deslocar. As plaquinhas são bem bagunçadas, mas bem informativas.



- O pão na Bolívia é bem diferente. Ele é crocante e com um sabor mais forte que o nosso pão de sal (francês). Na hora da bocada é bom esquecer ou não saber de onde eles vêm: quando andar pelas ruas e ver as cholitas com as cestas de pães no chão, sem luva e unhas bem pretinhas vai saber do que estou falando. Rsrsrs.



- O chá de coca é bem gostoso. Ao contrário do que muitos pensam, o chá não é para nos deixar doidões, mas sim para amenizar os males que sentimos por conta da altitude, o famoso “soroche” (geralmente no segundo ou terceiro dia, a cabeça dói um pouco. Eu me senti um pouco tonta durante a noite, mas nada demais. Algumas pessoas sentem náuseas)



- Sou louca por café e para quem gosta, o café boliviano não é lá grande coisa. É aguado, fraquinho. Ah detalhe que lá é feito de forma diferente: nos hotéis disponibilizam uma garrafa do café mais concentrado (bem pouco) e outra é de água para a mistura.


Fora isso, provamos a bebida no Café Alexander que serviu pratos deliciosos. O café é “gostosinho”, mas nada como o brasileiro.



No mais, o que posso dizer da Bolívia é que eu amei a viagem!!! As diferenças culturais enriquecem. Os costumes distintos e as pequenas dificuldades engradeceram cada momento. Super indico. O importante é viajar sem preconceitos e disposto a mergulhar no diferente.

Copacabana - Incrível vista do lago

Copacabana é a principal cidade do entorno do Lago Titicaca na Bolívia, de onde saem os barcos que fazem a visita à Isla del Sol, ilha sagrada dos Incas. É de lá também que muitas pessoas seguem para o Peru que está a apenas duas horas de viagem. Infelizmente, pelo curto tempo, não conseguimos visitar a ilha e nem seguir para as terras peruanas.

O nome de Copacabana deriva da expressão kota kahuana do dialeto Aymara, que significa "vista do lago".


Nossa experiência por lá foi bastante interessante, apesar dos pesares. Digo isso, porque lá chegamos às 14h, azuis de fome. O primeiro restaurante bacana que achamos nos atendeu de forma meio estranha. Primeiro, um senhor super simpático nos ofereceu o cardápio. Quando queríamos fazer pedido veio uma senhora, que me pareceu ser a mãe do homem, nos expulsou literalmente, dizendo que não havia mais comida. Grossa, super grossa! (Ah, umas das exceções. Na Bolívia, as pessoas são simpatississímas).


Seguimos a rua e encontramos um outro local (acabadinho, mas na hora da fome ali estava ótimo!). A senhora que nos atendeu foi super simpática, mas o lugar não era lá essas coisas de limpeza. Os banheiros não tinham água encanada e para lavar as mãos tínhamos que enfiar a mão em um grande barril (detalhe que todo mundo enfia a mão na mesma água). Nem lembro, mas acho que fiquei com a mão suja mesmo...rsrsrs


Quando o prato chegou fiquei meio espantada com a truta. Parecia que tinha sido feita em gordura utilizada 747464545454 vezes. Mas estava gostoso (Será que estou falando isso porque estava com fome?). Enfim, mas a truta do lago estava boníssima.


No geral, banheiro é um dos calos do local. Os sanitários de outra praça do povoado seguem o mesmo esquema do restaurante: sem água encanada. Ou seja, higiene só no balde. Tirando esses “pequenos” detalhes, vamos às outras partes do passeio.


Atrações


Basílica de Nuestra Señora de Copacabana

Em Copacabana está a igreja de Nossa Senhora de Copacabana, padroeira do país, aonde se encontra uma das imagens mais cultuadas da Virgem Maria. A nossa Copacabana, no Rio de Janeiro, foi batizada assim porque uma réplica da imagem de Nuestra Señora de Copacabana foi feita e levada ao Rio, onde foi criada uma pequena igreja que cresceu e deu nome ao bairro.


As portas da igreja na Bolívia são majestosas. Esculpidas em madeira, elas narram a chegada da imagem ao povoado.



Dom Francisco Tito Yupanqui foi o criador da imagem da santa. Ele fez voto de conseguir uma imagem da mãe de Deus. Sem talento para a arte, fez jejuns e orações pedindo à Virgem que o ajudasse a fazer uma imagem sua. Depois de várias tentativas e prestes a desistir, teve uma inspiração divina e conseguiu torná-la belíssima. A estátua original, de um metro de altura, ocupa o altar principal do santuário da cidade de Copacabana.

Yupanqui:



Um registro do santuário por dentro, onde está a santa:


Área externa da basílica:




Plaza 2 de Febrero

Em todas as ruas há lojas de artesanatos e roupas, sendo que muitas delas já podem ser avistadas perto da 2 de Febrero. Ela nos reserva uma oportunidade de estar perto do povo local, respirando tranquilidade. O local não tem grandes atrativos, mas é bom para descansar. Arbustos em formato de animais, um pequeno coreto, fonte e algumas esculturas compõem a sua arquitetura.


La Playa de Copacabana

De lá parece que o Titicaca é interminável. Eu que sou rata de praia fiquei me contorcendo com vontade de entrar no lago, mas o frio desanimava. O que a água tem de azul também tem de gelada.


Na praia encontramos um menino de uns 8 anos que pediu para cantar para a gente (claro que em troca de moedas). Neguei, disse que ele não precisava cantar. Fiquei arrependida depois e fui dormir com a consciência pesada, pensando que poderia ter escutado.


Um dos pontos altos do passeio foi presenciar o pôr-do-sol no Titicaca. Uma delícia ver o sol se despedir no horizonte. (suspiro só de lembrar, ai, ai).


Vista do lago em Copacabana


Monumento na praia:


O sol se despedindo

Outros

Como disse, o relógio foi nosso inimigo, por isso, não deu para ver tudo que Copacabana oferece. No site http://www.copacabana-bolivia.com há dicas bem bacanas para todos os gostos: opções esportivas, culturais, ecológicas, agroturismo. Bacana!

Rumo a Copacabana, a original

O caminho para Copacabana proporciona visuais incríveis. Estar no altiplano e poder observar as belas paisagens e o modo de vida peculiar da população de lá foi uma experiência bem interessante.

As casas são muito distantes umas das outras. Não era raro ver uma pequena casa, sem acabamento e isolada. Ficava me perguntando como as pessoas faziam compras, adquiriam as coisas necessárias para sua casa, enfim, ficava pensando como seria se ali eu tivesse que viver.

Bom, dessa parte não sei, mas sei que teria paisagens belíssimas para ver todos os dias. Sabe quando você não quer saber de ver nada, nem ninguém, quer apenas um cantinho em que possa refletir? Acho que se eu pudesse, sempre que sentisse isso, seria o altiplano uma das minhas opções de refúgio.

Na nossa van, havia uma chola tricotando, super concentrada. Tentei fazer umas imagens, mas acho que ela não gostou muito. Também né? Que turista mais abusada, tirando foto sem permissão.


A travessia do Titicaca
Após muito tempo de viagem, chegamos ao Estrecho de Tiquina, local onde só se atravessa por meio de balsas. Era nosso primeiro contato com o Lago Titicaca, fantástico!

A travessia é tranquila e foi uma oportunidade de estar ainda mais perto do povo local. Havia mães com seus (muitos) filhos, cholas e pais de família que atravessavam para trabalhar em outra cidade.

Uma dica para quem for de La Paz para Copacabana é ir cedo. A viagem é linda, mas é demorada. Se a intenção é curtir o dia por lá, quanto antes chegar, melhor. Saímos de La Paz era quase 10 horas e como voltaríamos no mesmo dia, o passeio foi um pouco corrido. Chegamos quase às 14h, mas deu para desfrutar.

Lago Titicaca: Estrecho de Tiquina


Foram cerca de quatro horas de viagem até chegar, mas cada horinha compensou. Apesar de estar com muito medo - pois estávamos em um carro que merecia participar do Lata Velha, o motorista acelerava bastante e as estradas não tinham muita proteção - tudo foi ótimo. Acho que a música típica que tocava ao fundo ajudou a relaxar e curtir o momento.

Depois da travessia, a visão é essa:
Um vídeo do trajeto, a música estava tocando na rádio local

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